terça-feira, janeiro 27, 2009

"O amor não é cego, ele simplesmente permite a uns ver o que outros não conseguem ver." – Anónimo



A menina debruçada na janela trazia nos olhos grossas lágrimas e o peito oprimido pelo sentimento de dor causado pelo desaparecimento do seu cão de estimação. Com pesar observava atenta o jardineiro que sepultava o corpo do amigo de tantas brincadeiras. A cada pá de terra, sentia como se a sua felicidade estivesse sendo soterrada também. O avô que observava a neta, aproximou-se, envolveu-a num abraço e falou-lhe com serenidade: - Triste cena, não é verdade? A netinha ficou ainda mais triste e as lágrimas rolaram em abundância. No entanto, o avô que desejava confortá-la chamou-lhe a atenção para outra realidade. Pegando-lhe na mão conduziu-a para uma janela localizada no lado oposto da ampla sala. Abriu as cortinas permitindo mostrar o jardim florido à sua frente e perguntou-lhe carinhosamente: - Estás a ver aquela roseira vermelha diante de nós? - Lembras-te que foste tu que me ajudas-te a plantá-la? - Foi num dia de sol como hoje que nós dois a plantámos. Era apenas um pequenino pé de roseira cheio de espinhos e vê como está grande e bonito hoje, carregado de flores perfumadas e botões como promessa de novas rosas. Vê ainda as abelhas que pousam sobre elas e as borboletas que fazem festa entre umas e outras das tantas rosas que enfeitam o nosso jardim. A menina limpou as lágrimas que ainda teimavam em permanecer na sua face e abriu um largo sorriso. O avô, satisfeito pôr a ter ajudado a superar o momento de dor falou-lhe com afecto: - Minha netinha, a vida oferece-nos sempre várias janelas. Quando a paisagem de uma delas nos causa tristeza sem que possamos alterar o quadro, voltamo-nos para outra, e certamente nos deparamos com uma paisagem diferente. Tantos são os momentos da nossa existência, como tantas são as oportunidades de aprendizagem que nos visitam no dia-a-dia que não vale a pena sofrer diante de quadros que não podemos alterar. São sim experiências valiosas da vida, das quais devemos tirar lições oportunas sem nos deixar tragar pelo desespero e revolta que só nos trazem infelicidade.

APROVEITAR A LIÇÃO Por vezes limitamos a nossa visão do mundo… Se hoje observamos um quadro desolador, no mesmo intante devemos lembramo-nos de que existem tantas outras janelas, com paisagens repletas de promessas de melhores dias. Não nos devemos permitir contemplar uma janela de dor. Devemos sim aproveitar a lição e seguir em frente ainda com mais ânimo e disposição. Ao agirmos assim, o sabor amargo do sofrimento logo irá ceder lugar ao sabor agradável de VIVER.

terça-feira, janeiro 20, 2009

"Há uma força motriz dentro todo o ser humano que uma vez, desencadeada, pode tornar qualquer visão, sonho ou desejo em realidade" - Anthony Robbins


O Buda Dourado

Em 1957, um grupo de monges tibetanos foi informados que uma estrada que estava a ser construída teria de passar pelo local onde o santuário pelo qual eram responsáveis estava actualmente localizado. O santuário, composto por um enorme Buda em barro, teria que ser transferido. Acordos foram feitos e o dia de deslocar o Buda chegou. O santuário do Buda, protegido por uma cobertura para mantê-lo seguro, foi preparado para a sua viagem. Uma enorme grua começou a elevar o Buda de barro. O Buda, ao ser içado do pedestal onde repousava, começou a rachar. Era muito mais pesado do que todos os engenheiros haviam estimado. O monge que supervisionava a movimentação Buda chama freneticamente o operador da grua, e pede-lhe para trazer o Buda para baixo. Rapidamente, e após o alerta o operador do guindaste pouso cuidadosamente o Buda no terreno. Os monges e os engenheiros ao examinarem o Buda encontraram várias fissuras de dimensão considerável. Uma grua maior seria necessária. Grua essa que só seria trazida no próximo dia. O Buda teria que passar a noite na sua actual localização. Para piorar, aproximava-se uma enorme tempestade.

Os monges cobriram o Buda com oleados presos em postes na tentativa de mantê-lo a seco durante a noite. Tudo parecia estar bem. Durante a noite, o monge superior acordou e decidiu verificar o Buda. Com uma lanterna, o monge cuidadosamente verificou a condição de Buda. Como ele andou em torno da figura de barro verificou um enorme brilhar que a sua luz reflectia sobre as fendas, algo que capturou de imediato o seu olhar. Voltou ao local onde tinha acabado ver o brilho reflectido a sua luz. Espreitou cuidadosa e intensamente para a fissura. O que viu ele não entendeu. Precisava de ver ainda mais. Voltou aos seus aposentos, encontrou aí um cinzel e um martelo e voltou para o Buda. Começou cuidadosamente a perfurar o barro em torno da fissura. Ao fazê-lo a racha abriu, e ele não podia acreditar no que os seus olhos viam. Correu a acordar os outros monges e deu instruções para que cada um trouxesse consigo martelo e cinzel. Á luz da lanterna os monges cuidadosamente retiraram todo o barro do Buda. Depois de horas, a esculpirem o barro, os monges recuaram e observaram estupefactos e em reverência… à vista, perante eles estava um sólido Buda de OURO.

Quando a equipa chegou mais tarde nessa manhã para concluir o trabalho de deslocar o Buda para o seu novo local, houve muita confusão e emoção. Para onde tinha ido o Buda de barro? De onde tinha vindo o Buda Dourado? Os monges explicaram. Historiadores foram chamados e a investigação foi iniciada para descobrir a origem do Buda Dourado.

Após muita investigação, as peças da história foram colocados juntas. Vários séculos antes o Buda Dourado estava carinhosamente à responsabilidade de um grupo de monges. Estes monges receberam a palavra que o exército Birmanês dirigia-se em sua direcção. Preocupados que o exército poderia invadir e saquear o santuário do seu Buda Dourado, os monges cobriram o seu Buda com 8 a 12 centímetros de argila. Quando eles terminaram o Buda Dourado parecia agora ser um Buda de barro. Os invasores do exército Birmanês, certamente não teriam interesse. Os monges estavam correctos. Os invasores não tiveram qualquer interesse no Buda. Ainda assim, mataram todos os monges antes de seguir em frente. O Buda Dourado perdeu-se assim na história até 1957.

Existe um Buda dourado no interior de cada um de nós. Escondido e coberto com camadas e camadas de barro. Começamos a nossa vida como um verdadeiro Buda Dourado. Depois o nosso verdadeiro EU é colocado numa prateleira e vemo-nos envolvidos no jogo da sobrevivência. Cada um de nós começa a perder a nossa verdadeira identidade e perdemos de vista os dons de cada um tem para oferecer.

A história do Buda Dourado dá-nos ferramentas que podemos usar todos os dias - a lanterna, o cinzel e o martelo. A lanterna representa o poder de nossa visão individual. O cinzel representa o poder do nosso nível individual de responsabilidade. O martelo representa o poder do nosso sentido individual de equipa que irá guiar cada um de nós ao caminho do sucesso. A equipa que cada um de nós tem disponível para si, são as pessoas que sabemos que incondicionalmente estão lá para nós - os nossos VERDADEIROS Amigos e Familiares.

(Adaptado de “Chicken Soup For The Soul”, Jack Canfield & Mak Victor Hansen)

terça-feira, janeiro 13, 2009

"Não é porque as coisas são difíceis que nós não ousamos, é porque nós não ousamos que as coisas são difíceis" – Seneca


OUSE

Conta uma antiga lenda que na Idade Média, um camponês muito religioso foi injustamente acusado de ter assassinado uma mulher.
Na verdade, o autor do crime era uma pessoa muito influente do reino e por isso, desde o primeiro momento procurou-se um "bode expiatório" para encobrir o verdadeiro assassino. O camponês foi levado a julgamento e seria condenado à forca. Ele sabia que tudo iria ser feito para o condenarem e que teria poucas hipóteses de sair vivo desta história.
O juiz, que também estava comprado para levar o pobre homem à morte, simulou um julgamento justo fazendo uma proposta ao acusado para que provasse sua inocência.
Disse o juiz:
- Sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar a sua sorte nas mãos de Deus. Vou escrever num papel a palavra INOCENTE e noutro a palavra CULPADO. Você tira um dos papéis e aquele que sair será o seu veredicto. Deus irá decidir o seu destino, determinou o juiz.
Sem que o acusado percebesse, o juiz preparou os dois papéis mas em ambos escreveu CULPADO, de maneira a que não houvesse nenhuma hipótese alguma do acusado se livrar da forca.
Não havia saída. Não havia alternativas para o pobre homem. O juiz colocou os dois papéis numa mesa e mandou o acusado escolher um deles.
O homem pensou alguns segundos, aproximou-se confiante da mesa, pegou num dos papéis e rapidamente colocou-o na boca e engoliu-o.
Os presentes ao julgamento reagiram surpresos e indignados com a atitude do homem.
- Mas o que é que você fez? E agora? Como é que vamos saber qual o seu veredicto?
- É muito fácil respondeu o homem, basta olhar para o papel que sobrou e vocês saberão que acabei de engolir o contrário do que nele estava escrito!
De imediato o homem foi libertado.

SEJA CRIATIVO! QUANDO TUDO PARECER PERDIDO, OUSE!

Por mais difícil que seja uma situação, existe SEMPRE uma solução se não deixarmos de acreditar e de lutar até ao último momento.
Temos habitualmente o “vício” de face ao problema ficarmos focados em 80% no PROBLEMA, e apenas em 20% na solução. E se invertermos a situação, FOCUS em 80% na SOLUÇÃO e unicamente 20% no problema, o resultado vai ser o mesmo?
Desafio para esta semana: Quando encarar um problema, pensar na solução e não no problema!

terça-feira, janeiro 06, 2009

"A oportunidade é uma deusa altiva que em nenhum momento desperdiça tempo com aqueles que não estão preparados" - George S. Clason



A História do Burro...

O burro de um camponês caiu num poço. Não chegou a ficar ferido mas não podia sair dali por conta própria. Por isso o animal chorou fortemente durante horas, enquanto o camponês pensava no que fazer. Finalmente o camponês tomou uma decisão cruel: concluiu que o burro já estava muito velho e que o poço já estava mesmo seco, precisaria ser tapado de alguma forma.

Portanto não valia a pena esforçar-se para tirar o burro de dentro do poço. Ao contrário, chamou os seus vizinhos para ajudá-lo a enterrar vivo o burro.

Cada um deles pegou uma pá e começou a mandar terra para dentro do poço. O burro não tardou a dar-se conta do que estavam a fazer com ele, e chorou desesperadamente. Porém para surpresa de todos, o burro aquietou-se depois de umas quantas pás de terra que levou. O camponês olhou para o fundo do poço e surpreendeu-se com o que viu. A cada pá de terra que caía sobre suas costas o burro sacudia-a, dando um passo sobre esta mesma terra. Assim em pouco tempo, todos viram como o burro conseguiu chegar até a boca do poço, passar por cima da borda e sair dali a trote.

A vida vai-lhe atirar muita terra, todo o tipo de terra principalmente se você já estiver dentro de um poço. O segredo para sair do poço é sacudir a terra que se leva em cima e dar um passo sobre ela. Cada um dos nossos problemas é um degrau que nos conduz para cima. Podemos sair dos mais profundos buracos se não nos dermos por vencidos. Em 2009 utilize a terra que lhe atiram para seguir adiante!

E lembre-se as 5 regras para ser feliz:

1. Liberte o seu coração do ódio.
2. Liberte a sua mente das preocupações.
3. Simplifique a sua vida.
4. Dê mais e espere menos.
5. Ame mais e... aceite a terra que lhe atiram pois ela pode ser a solução, não o problema.

Tenha um Brilhante, Grandioso, Talentoso, Fabuloso 2009 e…

Lembre-se de SORRIR… FELIZ ANO NOVO!!!

quinta-feira, janeiro 01, 2009

Livro do Mês:



O Homem Mais Rico da Babilónia
George S. Clason
Editorial Presença

Gestão

A origem deste livro é uma das mais curiosas, com uma certa aura romântica a envolvê-la. George Samuel Clason, o autor, nascido no Louisiana em 1874, foi militar, homem de negócios e escritor. Por volta de 1926, lembrou-se de escrever uma série de panfletos informativos sobre como alcançar o sucesso financeiro, com parábolas ambientadas na antiga Babilónia, um império indubitavelmente poderoso. Em linguagem simples e colorida, o autor conta a história de um homem que quis tornar-se rico e o conseguiu, sendo mais tarde convidado pelo próprio Rei a ensinar a sua arte. As cinco leis de ouro em que baseava as suas lições são princípios pedagógicos válidos para a economia de todos os tempos. Um livro que nunca deixou de ser um grande bestseller e é hoje considerado um clássico moderno.